se parar, é pior representação gráfica sobre as letras

pessoalmente podendo muito pouco

para os que se abraçam

188 palavras em

certamente, meu confiável fone de ouvido
me guiava por essa música, tantas outras
que o Cometa me dizia
escute até pertencer a essa cidade agitada
acampado pelos sentido que poderiam gritar amor
gritaram de um jeito que era meu

abracei a raposa do Firefox
me deram uma longneck de Heineken
pós-Exército, estava com essa postura nas fotos

continuar escutando no fone com fios
aquelas músicas de calafrios
que dizem algo sobre mim, sendo genéricas
essa granada, amor abafado, falava por meio das músicas
as quais escolhia, agradáveis ao meus ouvidos
com uma pretensão ilusória: “o que ele quer dizer?”

quero dizer que se
eu dissesse pouco, seria pior
é isso, é que tenho para seu corpo
sondado por objetos
cabelo, calça
cabe sondar, continuar sondando
até encontrar sua insuficiência
o que você não responde
a fenda na sua cara

o que eu precisava é de uma pequena carícia em minha loucura
um pouco de abraço enquanto não peço
uma breve explicação enquanto não peço
uma teorização por cima de minha vida
um fora de lugar na minha sala
uma marca de sapato no porcelanato
uma vida distinta